quinta-feira, 27 de junho de 2013

edu lobo

tudo tão tumultuado lá fora e no lado de cá da parede verde o que reina é a calmaria. uma calmaria estranha, com frio na barriga. mas esse frio é você quem causa. meu novo amor secreto que de secreto não tem nada... já deve estar escrito na minha testa. afinal eu não gosto de viver.... gosto é de estar apaixonada.
você já ta na lista das pessoas que um dia fizeram minha pupila dilatar, o coração descompassar e todos esses clichês de menina apaixonada. toda essa coisa que me faz flutuar. e flutuando, lá de cima, eu vejo toda a imensidão desse caos lírico... que é a hora em que o coração começa a bater em complexo descompasso, unico e expressivo. as narinas dilatam e eu respiro com vontade o ar limpo que me nutre. sensação de vazio e preenchimento um completando o outro... o ar que me salva e me mata. a vontade de ser e de estar, as palavras vazias repletas de meus significados. escrevo mentindo pra mim mesma, finjo que você me lê.
descarrego aqui tudo o que sinto ao lembrar de sua silhueta... ainda não te vi o suficiente pra me entregar mais. e mesmo assim eu me entregaria.
sua voz embala qualquer coração temeroso, machucado, deve embalar também aos corações bem-resolvidos. isso me motiva e me dá medo. falo contigo palavras desnecessárias e você me responde surpreendentemente bem. é claro que eu vou dormir pensando nisso. aliás como lidar com o turbilhão que mora em minha mente agora?! nasce da espontaneidade um grande suspiro seguido de um sorriso bobo, diante da lembrança de você me ensinando aqueles versos... só passando o tempo. e eu rouca, louca, querendo ir embora e aproveitando tão pouco sua presença.. aah, se eu pudesse voltar no tempo. aah, se eu pudesse te olhar nos olhos agora, já e te mostrar quem sou.. será que você fugiria?

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